sexta-feira, janeiro 21, 2005

Apelo



Tunisina provocação... Mas cheia de piada, e por isso absolutamente desculpável. Uma forma bem humorada de ilustrar a sua posição. E era o que faltava a gente travar-se de razões por tão pouco! (Mas pelo sim pelo não, surripiei-lhe a fotografia, à sorrelfa . Bem feita!)



Fico a saber pelo amigo Eufigénio que as Ruinas acabaram por desabar aqui. Se esta visita já era obrigatória, passará agora a sê-lo em dobro. O que não evita um certo desconsolo pelo eclipse de um blogue de referência quanto à elaboração e inteligente sentido de humor. Mas o sábio Lavoisier lá dizia que nada se perde, tudo se transforma.
Nos últimos tempos também me tenho questionado sobre o que fazer com o meu blogue. Não que faltem os temas, escasseia é a oportunidade de os organizar. Vou-me socorrendo de outros artifícios, mais ou menos fáceis, para preencher este espaço que criei. Sem alardes, sem pretensões, aqui vou deixando uma ou outra ideia das que me afagam o espírito. Não desgosto do que vou semeando neste bocadinho de ciberespaço que me calhou, porque daí já colhi alguns frutos. Cumplicidades, partilha de afectos, intercâmbio de opiniões, reencontros. Gratificante, sem dúvida. E estimulante também.

Federico Garcia Lorca

TIERRA SECA
Tierra seca,
tierra quieta
de noches
inmensas.
(Viento en el olivar,
viento en la sierra.)
Tierra
vieja
del candil
y la pena.
Tierra
de las hondas cisternas.
Tierra
de la muerte sin ojos
y de las flechas.
(Viento por los caminos.
Brisa en las alamedas.)