sexta-feira, agosto 05, 2005

Os guardiães


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Desde a Segunda Guerra Mundial, os EUA bombardearam: a China (1945-1946), a Coreia e a China (1950-1953), a Guatemala (1954), a Indonésia (1958), Cuba (1959-1961), a Guatemala (1960), o Congo (1964), o Peru (1965), o Laos (1961-1973), o Vietname (1961-1973), o Camboja (1969-1970), a Guatemala (1967-1973), Granada (1983), Líbano (1983-1984), a Líbia (1986), Salvador (1980), a Nicarágua (1980), o Irão (1987), o Panamá (1989), o Iraque (1990-2001), o Kuwait (1991), a Somália (1993), a Bósnia (1994-1995), o Sudão (1998), o Afeganistão (1998), a Jugoslávia (1999).
(...)
Assim escreveu Mia Couto em Março de 2003.
Pensatempos, Ed. Caminho

À vara larga


Já havia a reforma obscena do Mira. Já havia uma Celeste na admnistração. Agora há também um Armando a engrossar o rancho. E todos a engordar à custa de... Adivinhem!
Nem por isso a instituição presta melhores ou mais eficientes serviços. Só se pode equiparar à pior das repartições públicas deste cantinho de brandos costumes e fraca memória.
(Mais não digo ou ainda fico sem blogue!...)

Incêndios


Eles têm as chamas mesmo atrás de si. Gritam em desespero por verem todos os seus bens devorados por uma força que não podem controlar. É com a mangueira das regas ou balde doméstico que tentam fazer frente à besta insaciável. Vidas de trabalho e amarguras que se desvendam ali, de repente vazias. Quando já nada lhes resta, choram em angústia e impotência. Nunca em revolta. E no entanto…
Eles não têm culpa da incúria, do desmazelo, do deixa-andar do quem governa. E no entanto são dos primeiros a pagar a pesada factura. Para o ano, as teorias continuam as mesmas e a inacção talvez pior. A eles não fará diferença, já perderam tudo. Até o gosto pela vida.