Eduardo Ramos
No CCB, hoje, foi um espectáculo para guardar na memória. Música (alaúde árabe, tamboura, zukra, daf, tar, derbuka e bendir), voz e dança. Música e poesia árabe, libanesa, turca, cantigas de amigo, galaico-portuguesa, Ibn-Ammar e Al-Mutamid. Creio que todos saímos de lá em perfeito aman (êxtase).
A música, a voz, a dança, tudo se conjugou de uma forma perfeita, harmoniosa, que todos aplaudiram ao compasso da música. O pai, Eduardo, os dois filhos, Carolina e Tiago, ela bailarina e ele percussionista, tal como o Baltazar Molina, encheram o palco - pago a peso de ouro por quem lá quer actuar, mas isso já são outras "músicas".Auditório esgotadíssimo desde há dias, uma assistência que o Eduardo merecia.
Pena que o Centro Comercial, perdão, Cultural de Belém, por inépcia, desconhecimento ou ingnorância, deixe passar safarditas ou sefardistas em lugar de sefarditas, mas por 5€ para este espectáculo porquê e para quê ser "tão" exigente?
Para uma despedida daquelas que ainda deixam mais saudades, um abraço à Janica, um abraço adiado há anos e por isso ainda mais forte e sentido.