domingo, novembro 16, 2008

Os 15 Dardos

O “Prémio Dardos” tem por objectivo "reconhecer o empenho que cada blogueiro ao transmitir valores culturais, éticos, literários e pessoais, e que demonstram a sua criatividade através do pensamento vivo que está e permanece intacto entre as suas palavras”. Esses selos foram criados com a intenção de promover a confraternização entre os blogueiros, uma forma de demonstrar carinho e reconhecimento por um trabalho que acrescente valor à Internet.

E um acertou em cheio aqui. Veio pela mão amiga e fraterna do Luis e recebo-o como um incentivo à continuação, que se pretende dinâmica e versátil, deste blog que tanto tempo esteve em estado letárgico.
As normas básicas que regem a atribuição do Prémio 15 Dardos são:
- Exibir a imagem do prémio no respectivo blogue;
- Indicar a ligação ao blogue do qual recebeu o prémio;
- Escolher quinze (15) outros blogs aos quais entregará o Prémio Dardos.

Como um se desdobra em 15, é minha vez de os lançar. A escolha não foi fácil, muitos dos meus favoritos já foram alvejados, outros entretanto finaram-se ou ficaram por aí esquecidos de quem lhes alimente o conteúdo e a forma. Assim, o júri cá do burgo, de neurónios a fumegar, deliberou escolher estes:
# Admirável Mundo Novo
# Água Lisa
# ali-se
# Azul Desejo
# bonstemposhein?
# Como um rio
# Espreitador
# Lobices-2
# Ofício Diário
# Outros rios
# Pé de Meia
# Planície Heroica
# Qasr Abu Danis/Alcácer do Sal
# (riquezas inauditas)
# Viagens em Terra Alheia
Como já disse a escolha foi difícil, tendo em conta a "proximizade" com outros blogues já "dardejados". Mas a gente vai-se vendo por aqui...

Reinvenção

A vida só é possível reinventada.

Anda o sol pelas campinas
e passeia a mão dourada
pelas águas, pelas folhas...
Ah! tudo bolhas
que vem de fundas piscinas
de ilusionismo... — mais nada.

Mas a vida, a vida, a vida,
a vida só é possível reinventada.
Vem a lua, vem, retira as
algemas dos meus braços.
Projeto-me por espaços
cheios da tua Figura.
Tudo mentira! Mentira
da lua, na noite escura.

Não te encontro, não te alcanço...
Só — no tempo equilibrada,
desprendo-me do balanço
que além do tempo me leva.
Só — na treva,
fico: recebida e dada.

Porque a vida, a vida, a vida,
a vida só é possível reinventada.

(Cecília Meireles)