quarta-feira, dezembro 15, 2004

Venda directa de património do Estado

A Imobiliária Santana & Portas estava a preparar tudo para abrir falência fraudulenta aparentando entrar no esquema da recuperação de empresas... Mas ainda há formas de travar fraudes destas! Nem que seja à última hora.

Natal 4. O menino Jesus


Acreditava nele da mesma maneira que acreditava que todos os anos havia Natal. À noite, depois da cozinha arrumada, alinhavam-se os sapatos na chaminé, e eu tinha a certeza de que ele viria mansamente colocar os presentes de cada um, sem se enganar.
Não sei como a ideia surgiu e foi tomando forma, mas o meu Menino Jesus era um menino gorducho e rosado, de bochechinhas redondas e cabelo castanho aos caracóis. Trajava um vestidinho leve, talvez parecido com os meus, e andava descalço. E talvez porque estávamos no Inverno, para compensar tão frescas vestes, usava um chapéuzinho redondo, de abas. Suponho que este chapéu seria igual ao do meu bisavô Isidro, de quem havia um retrato na caixa das recordações da avó Margarida.
Imaginava-o a entrar pela porta do quintal sem fazer barulho, pois um Menino Jesus tinha que ser discreto. Distribuía os presentes e depois passava pelo corredor, em frente da porta do meu quarto, em passinhos leves de criança sobre a passadeira de cairo. Nessas alturas eu bem queria espreitar pela porta, a ver se o via e se ele era realmente como o imaginava. Por mais que me esforçasse para ficar acordada, o sono chegava antes dele...
Ano após ano, eu ia compondo a sua imagem à medida da minha imaginação e cada vez mais aquele chapéu e aquele vestidinho se iam tornando autênticos. E continuava a esperá-lo com a porta do quarto entreaberta.
Um dia disseram-me que não havia nenhum Menino Jesus, quem dava as prendas eram os pais. O desgosto que eu tive! Que faria eu com aquele menino imaginado durante tantos anos? Quem iria eu espreitar, a ver se finalmente o descobria, a partir daí? Restava-me guardá-lo num recanto da minha memória, com o seu vestidinho de organza e o chapéuzinho de abas redondas.

Uuuuaaaaaaauuuuuuuuuuuuuuuuuuuu!!!...



Esta loba lindíssima, a Murta, é afilhada do Victor! Gostaria de o felicitar por tal lindeza, no seu blog, mas não consigo deixar lá comentários...
Um dia destes vou visitá-la.

...que las hay, las hay!



E ainda dizem que não há bruxa(o)s!
Isto é a mais divertida salgalhada saída de um caldeirão de leituras em viés dos horóscopos da "Maria", cruzadas com as práticas do Professor Alexandrino, temperadas com uma pitada de Paulo Coelho, para dar aroma.
Valha-me o Livro Negro de S. Cipriano!

Perdidos e achados

Como o weblog hoje decidiu entrar em greve, não se pode adufar nem alentejanar nem maschambar, nem ir ver se chove, nem ... nem... nem.
Para não dar tudo por perdido, achei por aí mais este blogue, que leva já a medalha "Serra da Lua"!
E também aproveitei para decalcar do besugo este saboroso post:

Singing (down) the mud
- Os senhores sempre vão a votos?

- Vamos, claro, tá parvo?
- Mas vão juntos ou separados?
- Odeleriú!
- Refere-se ao Tirol?
- Não.
- Bom, mas sempre vão juntos?
- Não, vamos separados. Aumenta-nos a possibilidade de mostrar às putas quem são os verdadeiros "canhões". Mas se ganharmos, juntamo-nos para governar. Logo juntinhos, tungas, odeleriú, eu tenho experiência de ficar sério quando me torço de riso.
- E se perderem?
- Tá parvo?
- Desculpe, eu reformulo: se, por um estranho e meramente especulativo acaso, perdessem?
- Quem?
- Os senhores...
-Tá parvo? Se formos separados você nunca poderá dizer que ambos perdemos. Alguém poderá perder, mas nunca ambos!
- Desculpe, mas não é bem assim...
- É, é. Se perdermos (aquela coisa de o PS poder ter maioria absoluta, de qualquer maneira, é uma chatice!) quem perde é o Santana e os laranjas. Nós sempre fomos pequeninos. Valorizamos é muito o nosso domiciliário tesão.
- Isso é redutor. É um tesãozito...
- É o caraças. Vais ver, cromo. Olha logo tesões, comigo!
- Mas não lhe parece mal este prévio e condicional acordo de putas?
- Não. Tá parvo? A Cinha não tem nada a ver com isto! Eu não o entendo, francamente!...
Odeleriú.