O país em que (ainda) vamos vivendo
O ministro da Administração Interna diz que não encontra motivos para declarar o estado de calamidade pública nos concelhos mais atingidos pelos incêndios este mês. António Costa salvaguardou, no entanto, que há um dano que pode vir a requerer esse estatuto.
«Até agora não encontrámos ainda nada que necessitasse de requerer o Estado de calamidade pública para ser resolvido. Há apenas um ponto, um dano, sobre o qual temos dúvidas e que pode vir a requerer esse estatuto», salientou o ministro, na reunião conjunta das comissões de Assuntos Constitucionais e da Agricultura.
«Dramas que tenham a ver com as pessoas, há mecanismos da Segurança Social que podem resolver a questão. Dramas relacionados com subsistência agrícola, o ministro da Agricultura poderá responder. Outras situações de impacto ambiental, serão resolvidas através de mecanismos do ministério do Ambiente», sublinhou António Costa.
Os governadores civis da Guarda, Leiria e Vila Real, os distritos mais afectados pelos incêndios, consideram desnecessário decretar o estado de calamidade pública, e dizem que os distritos estão em condições de responder às situações apresentadas.
O presidente da Associação Nacional de Freguesias está indignado com as declarações do governador civil de Leiria que considerou que os danos causados pelos incêndios do distrito não justificam a declaração do estado de calamidade.