quinta-feira, agosto 11, 2005

O país em que (ainda) vamos vivendo


O ministro da Administração Interna diz que não encontra motivos para declarar o estado de calamidade pública nos concelhos mais atingidos pelos incêndios este mês. António Costa salvaguardou, no entanto, que há um dano que pode vir a requerer esse estatuto.
( 19:15 / 11 de Agosto 05 )

«Até agora não encontrámos ainda nada que necessitasse de requerer o Estado de calamidade pública para ser resolvido. Há apenas um ponto, um dano, sobre o qual temos dúvidas e que pode vir a requerer esse estatuto», salientou o ministro, na reunião conjunta das comissões de Assuntos Constitucionais e da Agricultura.

«Dramas que tenham a ver com as pessoas, há mecanismos da Segurança Social que podem resolver a questão. Dramas relacionados com subsistência agrícola, o ministro da Agricultura poderá responder. Outras situações de impacto ambiental, serão resolvidas através de mecanismos do ministério do Ambiente», sublinhou António Costa.

Os governadores civis da Guarda, Leiria e Vila Real, os distritos mais afectados pelos incêndios, consideram desnecessário decretar o estado de calamidade pública, e dizem que os distritos estão em condições de responder às situações apresentadas.

O presidente da Associação Nacional de Freguesias está indignado com as declarações do governador civil de Leiria que considerou que os danos causados pelos incêndios do distrito não justificam a declaração do estado de calamidade.

E o Primeiro Sócrates? De férias, pois claro! A conselho do seu imediato Costa, que entende não haver motivo para interromper o dolce farniente de sua excelência. Que entretanto telefonou duas vezes para saber notícias cá do burgo e a quem cerca(?!) de outras tantas o diligente imediato respondeu que não havia motivo para se incomodar... (Jornal da Noite, SIC - 11.8.5)

Saravá, seu Jorge!

Faz um tempão que eu não lembrava de falar a vosmicê, se não fosse cumade Madalena e cumpade Magude eu ia esquecendo outra vêiz. Olha, seu Jorge, gosto de ver vosmicê aí nessa nuvenzinha, de florzinha na mão, guardando lugar pra Dona Zélia. Fique seu Jorge sabedor que tem um mundão de gente aí festejando seu dia déiz de Agosto. Tem mãe de santo, tem capitão da areia, tem bicheiro, tem moleque, tem baiano, tem pessoal dos morros e favelas, tem até gato e andorinha mandando abraço pró sinhor. A gente tem saudade, mas não chora, não. Todo o ano tem país do carnaval, apesar de ainda estar cavando os subterrâneos da liberdade…
Inté mais, seu Jorge. Me adisculpe mas, com sua licença, preciso ir capando o gato.