Montemor-o-Novo: os amigos, as aldrabas e a "ALDRABA"
Manhã soalheira a prenunciar o dia em que, de nome indefinido, a proto-associação toma definitivamente o nome de ALDRABA- Associação do Património Invisível. Das duas dúzias de entusiastas progenitores do bambino, juntaram-se dezasseis em animada jornada de convívio, cumprindo uma prévia etapa de consolidação do projecto: Montemor-o-Novo.
Nas Grutas do Escoural, alcançadas depois de um percurso imposto pelo I.E.P., que nos obriga a um desvio de mais uns 30 km, somos recebidos pela Tânia, futura arqueóloga e voluntária ao serviço do IPPAR, que nos guia pelo estreito labirinto de estratificações e estalactites. A Tânia sabe do que fala, esclarece e tira dúvidas, e até o J.P., na curiosidade dos seus seis anitos, mereceu resposta individualizada e esclarecedora.
De regresso a Montemor (um tanto aventuroso, ainda graças ao I.E.P.) reunimo-nos com a pintora Isabel Aldinhas e o marido, para retemperar forças e forrar o estômago com os primores gastronómicos saídos da cozinha da Ana Carina, no Restaurante Aviz.
A Ana desmultiplica-se em atenções, em petiscos, em sorrisos. A sopinha de cação aromada de poejos estava de comer e chorar por mais. A carne de forno na companhia de puré de castanhas, era um manjar de deuses. Os vinhos, néctares de fazer inveja a Baco ou Dionísio. A rematar, ainda a oferta de um Marquês de Montemor que apenas teve um senão: já não conseguimos bebê-lo até ao fim... Sobremesas e cafés por conta da casa. À despedida abraços de quem parece sempre ter-se conhecido e a promessa recíproca de outras visitas.
Tudo temperado com a boa disposição do grupo, a que não faltou um necessário "ponto da situação", pedra de toque indispensável para aferir o dinamismo da embrionária associação. A "ecografia" feita revela um bom desenvolvimento e uma grande vitalidade.
E quando tudo isto se passa num espaço revelador de bom gosto, paredes forradas de pinturas da Isabel numa exposição de seu tema "Vestígios Árabes", só podemos exultar!
Já a meio da tarde demandamos as ruas antigas da cidade, espreitando as aldrabas e batentes que muitas das portas ainda ostentam. O L.F.M. é desta vez o nosso guia em redor deste inestimável e muitas vezes esquecido património. A noite cai e ainda nos deslumbramos diante de batentes em forma de cão-gato ou de tritão ou de golfinho e até de serpente. Balançando entre a euforia e algum cansaço, arribamos por fim à "Fonte das Letras" onde, diante de um chá de jasmim e rodeados de livros que se deixam folhear sem pressas nem compromissos, encaramos de má vontade mas sem apelo nem agravo, o regresso a Lisboa, deixando o olhar na Torre do Anjo e um ramalhete de saudades no Largo de S. Sebastião...
Nas Grutas do Escoural, alcançadas depois de um percurso imposto pelo I.E.P., que nos obriga a um desvio de mais uns 30 km, somos recebidos pela Tânia, futura arqueóloga e voluntária ao serviço do IPPAR, que nos guia pelo estreito labirinto de estratificações e estalactites. A Tânia sabe do que fala, esclarece e tira dúvidas, e até o J.P., na curiosidade dos seus seis anitos, mereceu resposta individualizada e esclarecedora.
De regresso a Montemor (um tanto aventuroso, ainda graças ao I.E.P.) reunimo-nos com a pintora Isabel Aldinhas e o marido, para retemperar forças e forrar o estômago com os primores gastronómicos saídos da cozinha da Ana Carina, no Restaurante Aviz.
A Ana desmultiplica-se em atenções, em petiscos, em sorrisos. A sopinha de cação aromada de poejos estava de comer e chorar por mais. A carne de forno na companhia de puré de castanhas, era um manjar de deuses. Os vinhos, néctares de fazer inveja a Baco ou Dionísio. A rematar, ainda a oferta de um Marquês de Montemor que apenas teve um senão: já não conseguimos bebê-lo até ao fim... Sobremesas e cafés por conta da casa. À despedida abraços de quem parece sempre ter-se conhecido e a promessa recíproca de outras visitas.
Tudo temperado com a boa disposição do grupo, a que não faltou um necessário "ponto da situação", pedra de toque indispensável para aferir o dinamismo da embrionária associação. A "ecografia" feita revela um bom desenvolvimento e uma grande vitalidade.
E quando tudo isto se passa num espaço revelador de bom gosto, paredes forradas de pinturas da Isabel numa exposição de seu tema "Vestígios Árabes", só podemos exultar!
Já a meio da tarde demandamos as ruas antigas da cidade, espreitando as aldrabas e batentes que muitas das portas ainda ostentam. O L.F.M. é desta vez o nosso guia em redor deste inestimável e muitas vezes esquecido património. A noite cai e ainda nos deslumbramos diante de batentes em forma de cão-gato ou de tritão ou de golfinho e até de serpente. Balançando entre a euforia e algum cansaço, arribamos por fim à "Fonte das Letras" onde, diante de um chá de jasmim e rodeados de livros que se deixam folhear sem pressas nem compromissos, encaramos de má vontade mas sem apelo nem agravo, o regresso a Lisboa, deixando o olhar na Torre do Anjo e um ramalhete de saudades no Largo de S. Sebastião...