quarta-feira, abril 26, 2006

Apague-se a memória...?

Em dia festivo e felizmente ainda comemorado pelos conservam memória própria ou transmitida, um pêérre vindo do fundo dum poço (entretanto convenientemente convertido em fonte), recusa o cravo na lapela. Por ser vermelho ou apenas por ser cravo? Só ele saberá. Mas da soturna e macambúzia figura ninguém o livra.
Em Santarém, um estátua evocativa d' "aquele que deu tudo e não pediu a paga", jazia esquecida num armazém.
Se Salgueiro Maia foi um dos obreiros do 25 de Abril, os cravos vieram acrescentar um simbólico tom de festividade a essa manhã. Indissociáveis, portanto. E no entanto há quem almeje arrumá-los longe de vistas e lembranças, pintá-los de bruma. Apagar a memória?