“Romaria Vermelha”
Ana Sá Lopes, no Público de hoje, intitula a sua reportagem de “Romaria Vermelha”. Nada de especial. Mas acha que a Festa é só de velhos e crianças. Aí é que a don'Ana mete a pata na argola. Os velhos de hoje são os pais e avós da criança que ela era certamente há vinte e nove anos, na primeira Festa do Avante.
Os jovens enchem a Festa. Muitos deles têm agora a mesma idade que os seus pais tinham no 25 de Abril. Todos se habituaram a fazer da Festa um lugar de convívio, dos encontros que, por força de muitas circunstâncias, só podem ter lugar nesta altura. Mas a forma como don'Ana fala de “crianças e velhos”, leva-me a pensar em creches e lares de terceira idade que ali tenham encontrado um lugar para despejar os seus frequentadores e “agora amanhem-se”!
E a faixa etária dos quarenta, cinquenta anos? Como a classificará don'Ana? Porque esses também lá estavam em força, por todo o lado, fossem restaurantes ou espectáculos vários, percorrendo os vários espaços, na festa do livro ou 'simplesmente aproveitando alguma sombra para renovar forças. Don'Ana não os viu ou achou que eram meros passantes?
Por outro lado, don'Ana refere atentamente os folclores guevarianos e afins, a evocação de Álvaro Cunhal, mas esquece-se (deliberadamente?) de focar uma das evocações maiores feitas neste fim de semana, na quinta da Atalaia: a comemoração dos 60 anos do fim da segunda Guerra Mundial e da vitória sobre o nazi-fascismo.
Tivesse ela estado mais atenta e menos míope, e teria verificado que a assistência ao concerto de 6ª. feira no palco principal da festa, era do mais abrangente no que respeita a faixas etárias. Porque ali se “falou” e escutou, goste-se ou não do género musical, aquilo que todos continuamos a ambicionar nos dias de hoje: a Paz mundial.
Para terminar: saberá don'Ana quem construiu a Festa? Certamente não foram os “velhos e crianças”, que a esses lhes falta já ou ainda a força física necessária para tal empresa. Pois eu digo-lhe: foram os muitos e muitos braços de quem abdicou de férias, de fins de semana, de horas de descanso, para que don'Anas tenham tema que encha uma página de jornal e justifique o ordenado que ganham no fim do mês.
Por outro lado, don'Ana refere atentamente os folclores guevarianos e afins, a evocação de Álvaro Cunhal, mas esquece-se (deliberadamente?) de focar uma das evocações maiores feitas neste fim de semana, na quinta da Atalaia: a comemoração dos 60 anos do fim da segunda Guerra Mundial e da vitória sobre o nazi-fascismo.
Tivesse ela estado mais atenta e menos míope, e teria verificado que a assistência ao concerto de 6ª. feira no palco principal da festa, era do mais abrangente no que respeita a faixas etárias. Porque ali se “falou” e escutou, goste-se ou não do género musical, aquilo que todos continuamos a ambicionar nos dias de hoje: a Paz mundial.
Para terminar: saberá don'Ana quem construiu a Festa? Certamente não foram os “velhos e crianças”, que a esses lhes falta já ou ainda a força física necessária para tal empresa. Pois eu digo-lhe: foram os muitos e muitos braços de quem abdicou de férias, de fins de semana, de horas de descanso, para que don'Anas tenham tema que encha uma página de jornal e justifique o ordenado que ganham no fim do mês.