Esta polvorosa quase demencial com que os “media” entretêm o povoléu, vai para cima de uma semana e prometendo continuar pela que vem adentro, não só é intencionalmente alienante como deprimente. O que de novo acontece na “frente ocidental” parece limitar-se a um casamento e dois (por enquanto…) funerais. Os chefes de dois dos mais pequenos, mas também mais ricos estados desta Europa, finaram-se. Outro, ainda futuro e incerto chefe de um outro estado, conhecido pela sua acérrima defesa das boas tradições (que, entretanto, já nem são o que eram), e para agravar a condição de sofredora militante da régia mãezinha, vai “legitimar” os seus “ilícitos” amores. Tudo em grande pompa e circunstância, para empalhar noticiários e revistas cor-de-rosa.
(Eu disse empalhar? Pois… Há dias, durante um qualquer jornal televisivo, ao passarem a emissão pela enésima vez para as bandas de Roma, o jornalista de serviço respondia, com um ar visivelmente atrapalhado, que não tinha nada de novo para acrescentar ao que acabara de dizer dez minutos atrás!)
E não acontece mais nada no resto do planeta? Acabou a fome no terceiro mundo? Os últimos ditadores já arrumaram as botas? O Iraque já vive em paz e sem americanos? Em Darfur está tudo de saúde e recomenda-se? Ou “nós por cá todos bem” enquanto a montanha vai parindo ratos?
Ò senhores que, de uma forma ou de outra, são pagos por todos nós, respeitem ao menos os neurónios de cada um! Não nos passem a torto e a direito atestados de menoridade mental!