segunda-feira, novembro 01, 2004

Salgueiro Maia



Aquele que na hora da vitória
Respeitou o vencido
Aquele que deu tudo e não pediu a paga
Aquele que na hora da ganância
Perdeu o apetite
Aquele que amou os outros e por isso
Não colaborou com a sua ignorância ou vício
Aquele que foi "Fiel à palavra dada à ideia tida"
Como antes dele mas também por ele
Pessoa disse
(Sophia de Mello Breyner)

Diariamente escrevinham




Escrevinham, não é bem o termo. Escrevem e muito bem, diariamente, a seis mãos (pois claro, no teclado cada um usa as duas mãos), aqui. Descobri-os e deitei-lhes logo a unha antes que os perca, por despassaramento meu. Já não me escapam a uma visita diária!
(Estou por aqui a ouvir uns resmungos desagradados... Hum... Olhem pra ele!... O meu próprio blogue a fazer cara feia e a queixar-se de que, se já está a ficar tão pouco original, daqui para a frente irá de mal a pior, com a minha falta de tempo!... Querem ver que se vira o feitiço contra o feiticeiro?)

Rafael Alberti



A las Brigadas Internacionales

Venís desde muy lejos... Mas esta lejanía,
¿ qué es para vuestra sangre, que canta sin fronteras?
La necesaria muerte os nombra cada día,
no importa en qué ciudades, campos o carreteras.

De este país, del otro, del grande, del pequeño,
del que apenas si al mapa da un color devaído,
con las mismas raíces que tiene un mismo sueño,
sencillamente anónimos y hablando habéis venido.

No conocéis siquiera el color de los muros
que vuestro infranqueable compromiso amuralla.
La tierra que os entierra la defendéis, seguros,
a tiros con la muerte bestida de batalla.

Quedad, que así lo quieren los árboles, los llanos,
las mínimas particulas de la luz que reanima
un solo sentimiento que el mar sacude:
¡ Hermanos!
Madrid con vuestro nombre se agranda y se ilumina.