Zeca Afonso
foto: guida alves
Paz poeta e pombas
A Paz viajou em busca da silêncio
Sitiou Berlim
Abdicou em Londres
A Paz saltou dos olhos do poeta
Atacada de psicose maniaco-depressiva
Foi nessa altura que as pombas
Solicitaram nas agências as tarifas
Mas não viram mais o poeta
Que gozava na Suiça
Duma licença graciosa
A Paz saiu aos saltos para a rua
Comeu mostarda
Bebeu sangria
A Paz sentou-se em cima duma grua
Atacada de astenia
Foi nessa altura que as pombas
Solicitaram nas agências as tarifas
Mas não viram mais o poeta
Que gozava na Suiça
Duma licença graciosa
4 Opiniões:
"Maio, maduro Maio..."
A Paz, do poeta para nós, nas asas da pombas...
Beijinho
Besuguinha
Fico contente pelo seu regresso...
Já tinha saudades dos seus posts...
do Zeca, nada como ouvi-lo para me sentir viva...
eu assisti: um carro patrulha, um jipe e quatro agentes mobilizados, para além do policia de giro que, segundo a senhora da tabacaria, ficou três horas a guardar o pombo ou pomba que tinha a asa ferida e não conseguia voar. levarm a ave no jipe para a esquadra. isto tudo na estação do cacém sexta à tarde
Olá, Guida!
À esquerda da Rua da Paz e do bonito poema do Zeca... peço-te que coloques o Malaposta por cima do Maschamba para ficar correcto "de A a Z". Desculpa, é a minha mania do perfeccionismo...
Bjs.
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