ABRIL DE ABRIL
Era um Abril de amigo Abril de trigo
Abril de trevo e trégua e vinho e húmus
Abril de novos ritmos novos rumos.
Era um Abril comigo Abril contigo
ainda só ardor e sem ardil.
Abril sem adjectivo Abril de Abril.
Era um Abril na praça Abril de massas
era um Abril na rua Abril a rodos
Abril de sol que nasce para todos.
Abril de vinho e sonho em nossas taças
era um Abril de clava Abril em acto
em mil novecentos e setenta e quatro.
Era um Abril viril Abril tão bravo
Abril de boca a abrir-se Abril palavra
esse Abril em que Abril se libertava.
Era um Abril de clava Abril de cravo
Abril de mão na mão e sem fantasmas
esse Abril em que Abril floriu nas armas.
ALEGRE, Manuel in “30 Anos de Poesia”
5 Opiniões:
Fantástico!
Gostaria de ter o seu link, mas no meu blog são as visitas que se linkam! Por isso e se for da sua vontade, vá até lá e clique no logotipo do "Páginas Amar-ela", o dos morangos, para fazer o registo e adicionar o seu blog!
Um abraço amigo e bom feriado!
E Abril se fez alma sorrisos, mãos cravos, e tudo o que era preciso.
E Abril nasceu sol e flores, cravos e cores da terra e dos corações dos Homens.
E Abril foi renascer descoberta, a cena viva, vida continuada que se queria assim, derradeira.
E Abril abriu as grades, as portas, as janelas, ao vento, ao ar das entranhas de respirar.
E Abril aconteceu!...
E Abril, agora, esmoreceu e todos sabemos porquê mas deixamos que o esmaguem o enterrem antes de morto porque morto não está, não pode, recuso-me!...
ao abrir o teu blog trazia a ideia de gritar por ti outra vez. bom que não foi preciso.
Beijo
Besuguinha
Ora seja bem regressada (só agora dei por isso)! E que dia poderia melhor que este (25) para voltar às lides blogueiras?
Um abraço.
Abril hoje é o mês das alergias do meu irmão com menos vinte meses. É tambem o mês em que faz anos, o meu pai fez questão de morrer a 25, o meu irmão mais velho, fez questão de ser mais velho e viver esse dia, com o Salgueiro Maia e prometer que um irmão 18 anos depois voltaria, a ser comandado por Esse Senhor. Cuja injustiça não interessa, pois nunca "quiz" ser politico.
Enviar um comentário
<< Caminho de volta