quarta-feira, janeiro 25, 2006

A voz do dono

Tenho pena de José Sócrates. É um homem só, um homem abandonado, lançado às feras. Ainda por cima, indefeso. Diz que disse mas não o fez intencionalmente. Mera coincidência. Como poderia ele cometer um acto mal intencionado, sabujo, servil, manifestamente ofensivo, se estava só? Como poderia ele saber, de tão só e distante que estava, que o seu imprescindível discurso de “boas vindas” iria coincidir com as palavras do poeta? Sócrates desculpa-se, não tinha dado por nada. Ninguém o avisou, nem sequer estava a seguir as várias emissões televisivas, ele que até só vê o Canal Panda... Não lhe atirem as pedras da culpa, que ele é um homem inocente, bem intencionado, uma alma pura. Um anjo descido á terra para guarda, obediência e companhia de Stº. Aníbal.

De agora em diante, Sócrates já só falará quando deve, quando o deixarem, quando lho ordenarem.