As generalidades do Secretário
Ontem à noite não quis deixar de ouvir o novo Secretário Geral. Tal como muito boa gente, senti que estava a ver a reposição de um velho filme neo-realista, mas de cópia gasta e riscada das muitas passagens pelo projector. Tudo o que se disse por lá, em ar de amena cavaqueira, sem questionar futuro nem presente, apenas desfiando recordações do passado, nada veio adiantar sobre que o que fazer deste país na Europa e na globalização. Falar de memórias que fazem parte da vida de cada um, seja numa perspectiva individual ou colectiva, estaria melhor enquadrado numa conversa com os netinhos, diante da lareira, ou com os velhos amigos e camaradas das mesmas lides, emborcando o bagacito da ordem. Foi também o discurso obnóxio para e de uma "sociedade camponesa, isolada, quase indigente e sujeita a tiranias várias" de que fala hoje no Público, Vasco Pulido Valente.
A J.S. coube na RTP, como no congresso em que foi eleito, a figura patética de enrolar em mortalha baratucha uns restos de beatas rançosas.
E enquanto isto acontece, "o mundo pula e avança"!
1 Opiniões:
Ah, também viste! Fomos dois, então. Pela parte que me toca, mais valia ter aproveitado para rever, pela centésima vez, o imortal "O Ladrão de Bicicletas"... Beijão. João Tunes
Enviar um comentário
<< Caminho de volta