Lisboa e a sua Baixa .1
De todos os locais de Lisboa, um dos mais carismáticos, ou mesmo míticos, é a Baixa. Aí se concentrava até há umas dezenas de anos o melhor do comércio tradicional. Mais para sul, para o lado do rio, ficava a fina-flor da alta finança e os ministérios.
E quem queria fazer compras, ia à Baixa. Pela Baixa se deambulava, vendo montras enquanto se fazia horas para o cinema. Em horas de ponta, as ruas da Baixa enchiam-se de gente apressada, saida de comboios, autocarros, eléctricos, com a preocupação de não perder o "ponto".
Características que se perderam a pouco e pouco, com o advento das grandes superfícies, a deslocalização de ministérios e serviços para outras zonas da cidade, a par do desaparecimento de muitos moradores. A Baixa perdeu muito da sua vitalidade, parte do comércio correu taipais, a vida tornou-se mais cinzenta. Dos poucos sobreviventes, alguns renderam-se a um internacionalismo vistoso e de alto preço, só acessível a poucos. Mas os prédios, as casas, as antigas lojas, não deixaram morrer as velhas marcas. Elas persistem, gravadas na pedra, pintadas no vidro, numa espécie de aculturação. E as pessoas continuam a percorrer as ruas em passo lento ou estugado, esquadrinhando as antigas matrizes, aprendendo novas referências. Ou passando simplesmente, sem saber de mudanças e novidades.
E quem queria fazer compras, ia à Baixa. Pela Baixa se deambulava, vendo montras enquanto se fazia horas para o cinema. Em horas de ponta, as ruas da Baixa enchiam-se de gente apressada, saida de comboios, autocarros, eléctricos, com a preocupação de não perder o "ponto".
Características que se perderam a pouco e pouco, com o advento das grandes superfícies, a deslocalização de ministérios e serviços para outras zonas da cidade, a par do desaparecimento de muitos moradores. A Baixa perdeu muito da sua vitalidade, parte do comércio correu taipais, a vida tornou-se mais cinzenta. Dos poucos sobreviventes, alguns renderam-se a um internacionalismo vistoso e de alto preço, só acessível a poucos. Mas os prédios, as casas, as antigas lojas, não deixaram morrer as velhas marcas. Elas persistem, gravadas na pedra, pintadas no vidro, numa espécie de aculturação. E as pessoas continuam a percorrer as ruas em passo lento ou estugado, esquadrinhando as antigas matrizes, aprendendo novas referências. Ou passando simplesmente, sem saber de mudanças e novidades.
1 Opiniões:
Belas fotos dum belo lugar.Apesar de tudo...
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