segunda-feira, janeiro 09, 2006

Alexandre O'Neill



Há palavras que nos beijam
Como se tivessem boca.
Palavras de amor, de esperança,
De imenso amor, de esperança louca.
Palavras nuas que beijas
Quando a noite perde o rosto;
Palavras que se recusam
Aos muros do teu desgosto.
De repente coloridas
Entre palavras sem cor,
Esperadas inesperadas
Como a poesia ou o amor.
(O nome de quem se ama
Letra a letra revelado
No mármore distraído
No papel abandonado)
Palavras que nos transportam
Aonde a noite é mais forte,
Ao silêncio dos amantes
Abraçados contra a morte.

2 Opiniões:

Anonymous Anónimo opinou...

há palavras...há pessoas, há uma arte, há um sentimento...integridade.

quarta mar. 29, 01:29:00 da manhã  
Blogger armandina maia opinou...

Belíssimas escolhas, para alternarmos as que nos ocorrem , na incessante aspiração de não esquecer ninguém, nenhum poema, nenhuma palavra dita que mereça ser sabida.

Parabéns! Vou "linkar"

armandina maia

domingo abr. 16, 09:12:00 da tarde  

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