Parabéns, Zé (apesar do atraso...)
Uma voz na pedra
Não sei se respondo ou se pergunto.
Sou uma voz que nasceu na penumbra do vazio.
Estou um pouco ébria e estou crescendo numa pedra.
Não tenho a sabedoria do mel ou a do vinho.
De súbito, ergo-me como uma torre de sombra fulgurante.
A minha tristeza é a da sede e a da chama.
Com esta pequena centelha quero incendiar o silêncio.
O que eu amo não sei. Amo. Amo em total abandono.
Sinto a minha boca dentro das árvores e de uma oculta nascente.
Indecisa e ardente, algo ainda não é flor em mim.
Não estou perdida, estou entre o vento e o olvido.
Quero conhecer a minha nudez e ser o azul da presença.
Não sou a destruição cega nem a esperança impossível.
Sou alguém que espera ser aberto por uma palavra.
(António Ramos Rosa)
3 Opiniões:
Obrigado, Margarida, pelos parabéns.E não só: obrigado por teres conseguido encontrar comigo a forma perfeita de colaboração que nos permitiu erguer a "parte física" da exposição "Do espaço à Vivência". Sem querer ser vaidoso, orgulho-me dela, tal como sei que te orgulhas. E se orgulham os outros companheiros de sonho que também nela colaborarasm, das mais diversas maneiras.
Zé Prista
Obrigado por tudo, José Prista e Margarida. Gosto muito de vocês, como dos outros amigos que tornaram o sonho lindo em realidade esplendorosa...
Xi coração
Luís
Amigos Zé Prista e Luis: conseguimos fazer, e bem, o que quase nos chegou a parecer impossível... Mas o resultado orgulha-nos a todos, porque o trabalho foi colectivo, cada um colaborou á sua maneira.
Um abraço grande para os dois.
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