sábado, janeiro 15, 2005

Pelo Alto Alentejo /2


Meto butes à inteira planura.
Esboroa-se a terra. Lá pra trás,
sobraram o paleio e a literatura.
Aqui, na aparência, só a paz.
Mas que paz se desdobra a toda a anchura
do horizonte a que o olhar se faz?
Esta página em branco (ou sem leitura)
não terá uma chave por detrás?
Eu sei ler a cidade, mas, aqui,
sou um dedo parado em letra morta.
Uma guerra haverá, com o alibi
da paisagem que a outras me transporta.
Hei-de voltar pra ler e presumir,
quando Alentejo se puser a rir...
Alexandre O'Neill

2 Opiniões:

Anonymous Anónimo opinou...

Bonitas as palavras de O`Neill.

Um abraço e óptimo fim de semana.

Ana
http://a_verdade_da_mentira.weblog.com.pt/

domingo jan. 16, 01:06:00 da manhã  
Blogger Margarida Bonvalot opinou...

"...e o céu tão baixo" é tambémo título de uma colectânea de vários poetas, tendo como denominador comum o Alentejo...

segunda jan. 17, 10:06:00 da tarde  

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