segunda-feira, dezembro 20, 2004

Velhos amigos



Meu querido amigo João:
Motivos da não comparência na pouco convencional convenção perfeita e completamente compreendidos. Somos um pouco como estes cactos... Da tua timidez não estou assim bem recordada. Da minha sim, que tem dias em que ataca um bocado mais forte. Mas até essa consigo debelar com uma dose de "lata" bem aviada, e o resto corre por si. Ou seja, o arranque é que custa, depois de ganhar embalagem é só ir em frente, metendo uma segunda de vez em quando para acautelar estampanços.
E revermo-nos em tête-à-tête ou face-to-face, a música já será outra, desde jazz a violinos, e por essa é que acertaremos o passo. Sem celebrações (um copo beberemos de certeza à nossa rica saudinha!), sem lacrimejantes nostalgias, mas com um prazer enorme por nos revermos, a contar a rugas e cabelos brancos de cada um, os quilos e os pneus a mais, a decifrar de que maneira chegámos cá. Com a serenidade acrescentada pelos anos, mais a alegria que sempre marca encontros destes, daremos o abraço imprescindível com largo riso desatado, palavra solta, olhar radiante.
Até esse dia, um beijo de sol.

1 Opiniões:

Anonymous Anónimo opinou...

Beijo de lua cheia para ti. João Tunes

terça dez. 21, 03:01:00 da tarde  

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