sexta-feira, outubro 22, 2004

Ora abóbora!



Hoje foi um daqueles dias sem tempo nem paciência para ler mais que as "gordas" dos jornais e deitar um olho meio oblíquo à TV. Passaram-me ao lado o boletim meteorológico e as cotações da bolsa. Desleixei a leitura - obrigatória - do MST e do meu semanário preferido, o Inimigo Público. Fiquei sem saber as últimas sobre os desmandos deste Ps(L)eudo-governo. Falhei imperdoavelmente o Calvin. Ah!, mas aquela colunazinha estreitinha nas primeiras páginas do Público, onde um senhor de barbas avoengas e de dimensões inversamente proporcionais oa formato da da dita coluna costuma desaguar enxurradas de erudição como quem come um pastel de nata, essa colunazinha, como ia dizendo, chamou-me particularmente a atenção. "Adeus Arte" encimava o texto, a par com as barbas do dito senhor. Adeus Arte? Que é isto? Isto é mais um atentado à sanidade mental dos telespectadores que podem ter acesso à TV por cabo, a morte anunciada do pouco que de bom (ainda) se pode ver entre dois zappings. O Mezzo não dá para o petróleo? O Arte idem, aspas? Ora bem, se querem qualidade, paguem! Canais codificados, ora essa. E até podem apanhar uma campanha promocional que inclua o Disney mais o Playboy. Todos ficam a ganhar, não é verdade? Pois.