Nem uma luz ao fundo deste túnel
(Foto do Público)
Que o encerramento do túnel do Rossio e as alternativas apresentadas aos utentes da linha de Sintra, constituíriam um enorme contratempo, já se esperava. Que as obras de reparação e consolidação do mesmo iriam demorar uma meia dúzia de meses - acrescidos dos habituais
atrasos - também já era um dado adquirido. Mas ficar a saber, como me aconteceu há minutos, pelo Telejornal da RTP, que se as ditas obras forem demasiado onerosas e não houver movimento que o justifique, o túnel poderá nunca mais abrir.
Significa isto, no meu entender, é claro (que às vezes tenho um danado de um mau feitio para ouvir estas coisas e quedar impávida e serena), que uma estação central que serve diariamente largos milhares de pessoas, vai ficar ás moscas e essas pessoas continuarão a ser despejadas numa periférica estação de Sete-Rios ou Entrecampos, e depois... amanhem-se! Recorram ao Metropolitano ou à Carris para que as transportem até perto dos seus destinos. E está o caso arrumado. Isto é, a Refer pensa que esteja e vamos a investimentos mais rentáveis, que isto já foi chão que deu uvas.
Exemplificando: se um morador da linha de Sintra quiser ir de comboio para o seu trabalho ou simplesmente ver as montras da Rua Augusta, terá que se apear em Sete-Rios e aí embarcar no metro para os Restauradores ou Baixa-Chiado. Se por acaso pretender ir até à Praça do Chile, na Baixa-Chiado deverá mudar de comboio para linha correspondente (há que realçar que nesta estação o esperam dois bons lanços de escadaria, a menos que opte pelo uso de um elevador acanhado e que, as mais das vezes, serve de WC). Por mim tenho verificado que um percurso que me demoraria uma hora, está a prolongar-se por hora e meia ou mais!
Isto é um serviço público, se é que os senhores da Refer ainda não se deram conta disso! Ou estarão a ver se nós nos esquecemos?
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